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III Encontro de Temas Polêmicos na Educação

agosto 17, 2015

QUEM ME DERA...NOS SENTÍSSEMOS TODOS RESPONSÁVEIS!

Há quem diga que morremos quando deixamos de existir enquanto matéria. Acredito que há muitos que ainda existindo, já morreram. Morremos quando perdemos a capacidade de nos importar com o outro. Morremos quando deixamos de acreditar em nós mesmos. Morremos quando aquilo que pregamos não é o que acreditamos. Morremos quando esquecemos quem somos e o que ainda esperamos da vida.
Lembro-me agora de uma gaivota que viajou recentemente. Voou para longe. Manoel de Barros, homem que compreendeu que o último estágio da sofisticação é a simplicidade. Manoel conseguia extrair da vida o que existia de mais bonito. Em uma de suas poesias ele dizia: “quero ser mais que um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que compra pão às seis da tarde”. O que nós temos sido? Sujeitos que trabalham, que satisfazem suas necessidades, que cumprem obrigações e que sabem exatamente quem são os culpados pelos problemas tão discutidos atualmente.
Afinal quem são os culpados? Por que tantos problemas? Por que tanta descrença num mundo de fato mais bonito? Gostaria, sinceramente, caro leitor, de ter respostas, mas confesso minha limitação. No entanto, acredito que enquanto não nos sentirmos também responsáveis por tudo que aí está, somos na mesma proporção culpados também. Quando nos conformamos e afirmamos que o problema não é nosso, ele continua existindo e não há quem queira assumi-lo.
Padre Antônio Vieira afirmou certa vez que “o maior apetite do homem é desejar ser. Se os olhos veem com amor o que não é, tem ser”. Penso que é o nosso olhar que precisa de atenção. É a nossa maneira de ver que está precisando de uma pitada de amor e por que não de beleza. Somos humanos, não máquinas. Somos nós que podemos tornar este mundo um lugar mais bonito. Que tal nos sentirmos responsáveis por isso? O trabalho, sem dúvida, será árduo, mas quando trabalhamos juntos ele se torna possível. Acreditemos e demos o primeiro passo. Eduquemos o nosso olhar. Boa leitura.
Professora Leda Mara

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